Conselho Nacional da Água
  • Bem-vindo
  • Notícias
  • Publicações
  • Conselho Nacional da Água
    • Natureza
    • Constituição
    • Funcionamento >
      • Legislação
      • Atividades
    • Acesso restrito >
      • Planeamento >
        • Plano Nacional da Água
        • Planos de recursos hídricos portugueses
        • Planos de recursos hídricos espanhóis
      • Reuniões plenárias >
        • Atas
        • Documentos e apresentações
      • Rios do futuro
      • Grupos de Trabalho
  • Água na Escola
    • Água no Planeta Terra
    • Água em Portugal
    • O Ciclo da Água
    • Propriedades da água
    • Problemas e soluções
    • Vídeos
    • Música
    • Espaço d'Arte
    • Biblioteca
    • Galeria
    • História
    • Sabias Que?
    • Jogos
    • Mostra que Sabes!
    • Programas escolares
    • Simulador da Pegada Hídrica
    • Simulador das tarifas de água
  • Contactos
Imagem

Água no Planeta Terra


Imagem
​A água cobre cerca de 70% da superfície da Terra e totaliza um volume de 1386 milhões de quilómetros cúbicos ([1]). Não obstante, a quantidade de água doce disponível para utilização humana é limitada pelas condições naturais do planeta. A água doce é geralmente definida como a água com uma salinidade inferior a 1% da observada nos oceanos, ou seja, cerca de 0.35‰.

Clica nesta imagem para consultar uma apresentação sobre a água existente na Terra.

De facto, apenas 2,5% de toda a água existente na Terra é doce, sendo o resto salgada (a maior parte encontra-se nos oceanos). Destes 2,5%, a maior parte (1,8%) está retida em forma de gelo na Antártida, no Ártico e nos glaciares, não estando disponível para uso humano. 

​As necessidades em água da humanidade e dos ecossistemas terrestres têm de ser satisfeitas com base nos restantes 0,7% da água doce existente no planeta, que totalizam cerca de 10,7 milhões de quilómetros cúbicos ([2]).

A distribuição desses 0,7 % de água doce na Terra, num determinado instante, é a seguinte:
  • 10530000 quilómetros cúbicos estão armazenados em aquíferos subterrâneos. 
  • 129000 quilómetros cúbicos encontram-se a circular na atmosfera. 
  • 91000 quilómetros cúbicos estão armazenados nos lagos naturais. 
  • 29090 quilómetros cúbicos estão incorporados nos pântanos, solos e nos seres vivos. 
  • 2120 quilómetros cúbicos encontram-se a escoar nos rios, volume constantemente substituído pela precipitação e o degelo registado nas bacias de drenagem.

​Existe uma discrepância entre as zonas mais povoadas e que carecem de mais água e as zonas em que a água é mais abundante. Infelizmente, as principais reservas naturais de água subterrânea, armazenadas em aquíferos, estão em zonas relativamente pouco povoadas. Por outro lado, as grandes massas de água doce gelada encontram-se nas regiões polares e é essencial, para a manutenção do nível dos mares e para estabilidade do clima, que se mantenham como estão, não sendo razoável contar com essa água para utilizações humanas.

Imagem
A água doce está distribuída de forma muito desigual na superfície da Terra. Menos de dez Países concentram 60% dos recursos de água doce disponíveis: Brasil, Rússia, China, Canadá, Indonésia, USA, Índia, Colômbia e República Democrática do Congo.

As áreas com maior concentração de água doce renovável na Terra incluem as bacias hidrográficas dos rios Amazonas e Orinoco (15% do escoamento total da Terra), na América do Sul, a bacia hidrográfica do rio Yangtze, na zona este da Ásia, a zona sul e sudeste asiática (18% do escoamento total da Terra), incluindo as bacias hidrográficas dos rios Brahmaputra, Irrawaddy e Mekong, o Canadá, com cerca de 10% do escoamento da Terra em rios como o Mackenzie e o Yukon, a Sibéria, com as bacias dos rios Yenisey (cerca de 5% do escoamento superficial mundial), Ob e Lena, e as bacias hidrográficas dos rios Fly e Sepik, na Nova Guiné. As bacias hidrográficas ibéricas, com dimensões bastante mais reduzidas, têm escoamentos mais modestos.

O lago Baikal, na Sibéria (Rússia), é lago de água doce com maior volume de água do mundo, com 23000 quilómetros cúbicos, cerca de 20% de toda a água que não está retida em forma de gelo.

Todavia, a variação da disponibilidade de água no território de cada Pais pode ser significativa, com países a apresentarem regiões muito húmidas e muito secas (por exemplo Austrália, Brasil e América do Norte).
 
Por outro lado, a água pode não estar disponível nos períodos em que é necessária, face às variações na precipitação e escoamento registadas nas diferentes estações do ano, com períodos mais secos que alternam com períodos mais húmidos. A ocorrência de fenómenos extremos como as secas e as cheias também contribui para a variabilidade na disponibilidade de água em muitos locais.   
​
Imagem
A gestão cuidada da interferência humana no ciclo hidrológico é essencial para assegurar o futuro da própria humanidade. A quantidade de água disponível, desde que bem gerida, é globalmente suficiente para qualquer cenário de crescimento demográfico, mas para que a água não seja um fator limitante do desenvolvimento e, mesmo, de sobrevivência em vastas zonas do mundo, é essencial que seja gerida de uma forma integrada (envolvendo abordagens técnicas, ecológicas e sócioeconómicas), no contexto adverso das alterações climáticas e certamente melhor que hoje, e num contexto adverso de alterações climáticas.

Imagem
A gestão cuidada da interferência humana no ciclo hidrológico é essencial para assegurar o futuro da própria humanidade. A quantidade de água disponível, desde que bem gerida, é globalmente suficiente para qualquer cenário de crescimento demográfico, mas para que a água não seja um fator limitante do desenvolvimento e, mesmo, de sobrevivência em vastas zonas do mundo, é essencial que seja muito bem gerida, certamente melhor que hoje, e num contexto adverso de alterações climáticas.
  
Continua também a haver uma quantidade intolerável de pessoas em situação de pobreza, sem acesso digno a serviços água potável e saneamento, ainda há uma grande quantidade de massas de água afetadas ou praticamente inutilizadas pela poluição e vastas zonas povoadas cronicamente afetadas por fenómenos extremos de secas e cheias.

Felizmente, já existem condições e tecnologias para aproveitar localmente a água da chuva, para reutilizar as águas residuais, por mais poluídas que estejam, e para dessalinizar a água do mar e águas salobras. No entanto, algumas destas tecnologias têm ainda custos elevados, incomportáveis em muitas situações, requerem elevados consumos de energia e têm impacto ambiental significativo.

​A água subterrânea poluída é menos visível que a superficial mas é mais difícil de recuperar do que as águas de superfície poluídas.

A água subterrânea encontra-se armazenada nos poros e interstícios das rochas na zona saturada, sendo os aquíferos as formações que contêm água subterrânea e que a podem ceder em quantidades economicamente aproveitáveis. A água subterrânea pode ser utilizada no abastecimento às populações, na atividade agrícola e na produção industrial.

A utilização sustentável da água subterrânea deve considerar o volume de água disponível no aquífero e a quantidade de água que se infiltra a partir da precipitação (recarga), não devendo o volume captado por em causa a quantidade e a qualidade da água armazenada.

​O homem interfere com o ciclo hidrológico, derivando água temporariamente de uma componente do ciclo, por exemplo através da bombagem dos aquíferos ou de uma captação num rio ou albufeira. A água é depois utilizada, nomeadamente no abastecimento de casas e indústrias, na rega de culturas agrícolas e na produção de eletricidade. Depois de utilizada, a água retorna à mesma ou a outra componente do ciclo hidrológico. A água utilizada tem geralmente uma menor qualidade, requerendo tratamento antes de ser descarregada no meio recetor. 


Relevância da água no Mundo
Imagem


​​A água é essencial à vida na Terra. O material biológico é maioritariamente composto por água (mais de 65% do corpo humano é água) e várias espécies animais e vegetais só sobrevivem em ambientes aquáticos (por exemplo os peixes). 

Imagem
A água potável de que necessitamos para não desidratar é particularmente relevante e cerca de 750 milhões de pessoas, sobretudo em zonas rurais menos desenvolvidas, ainda não têm acesso a água com garantia de qualidade (água segura).

Problemas associados ao deficiente saneamento de águas residuais poluem a água promovendo a proliferação de bactérias, vírus e outros organismos perigosos para a saúde humana.

Morrem anualmente mais 840000 pessoas com doenças relacionadas com a água.

ImagemEsquema geral dos serviços de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais. Reproduzido com permissão de RASARP, Volume 1 (2013).
As utilizações da água

A indústria da água integra o abastecimento de água potável (captação, tratamento, transporte e distribuição) e o saneamento de águas residuais (coleta, transporte, tratamento e descarga).

ImagemNora
A utilização de água no regadio é central na produtividade agrícola alcançada em algumas regiões mundiais, já que os sistemas de rega fornecem água às plantas em períodos em que o teor de humidade no perfil do solo será naturalmente menor (períodos de menor precipitação).

Esta atividade está presente desde que os humanos começaram a cultivar plantas. O regadio é utilizado apenas em 20% das áreas cultivadas mas consegue gerar 40% da produção agrícola total.

A importância relativa da água captada para rega no total de água captada varia consoante os países, entre 0% (p. exp. no Luxemburgo) e mais de 90% (p. exp. na Suazilândia, Paquistão e Vietname).

A utilização da água para gerar eletricidade (hidroeletricidade) é comum nas regiões com recursos hídricos superficiais disponíveis. A hidroeletricidade gera cerca de 15% da energia elétrica mundial, mas a sua importância relativa varia consoante os países, entre 100% (e.g. na Albânia e no Paraguai) e 0% de toda a eletricidade produzida (e.g. no Qatar, Emiratos Árabes e Singapura).

[1] World fresh water resources (1993). Shiklomanov's, I. Em: Peter H. Gleick (ed.), Water in Crisis: A Guide to the World's Fresh Water Resources (Oxford University Press, New York.
[2] 1 quilómetro cúbico corresponde aproximadamente ao volume de 400000 piscinas olímpicas. ​
Conselho Nacional da Água
Rua de O Século, n.º 51, 1.º
1200-433 Lisboa
  • Bem-vindo
  • Notícias
  • Publicações
  • Conselho Nacional da Água
    • Natureza
    • Constituição
    • Funcionamento >
      • Legislação
      • Atividades
    • Acesso restrito >
      • Planeamento >
        • Plano Nacional da Água
        • Planos de recursos hídricos portugueses
        • Planos de recursos hídricos espanhóis
      • Reuniões plenárias >
        • Atas
        • Documentos e apresentações
      • Rios do futuro
      • Grupos de Trabalho
  • Água na Escola
    • Água no Planeta Terra
    • Água em Portugal
    • O Ciclo da Água
    • Propriedades da água
    • Problemas e soluções
    • Vídeos
    • Música
    • Espaço d'Arte
    • Biblioteca
    • Galeria
    • História
    • Sabias Que?
    • Jogos
    • Mostra que Sabes!
    • Programas escolares
    • Simulador da Pegada Hídrica
    • Simulador das tarifas de água
  • Contactos